Uma aquisição obrigatória. Novo livro sobre Esparta.

esparta

Foi publicado na bonita língua de Cervantes o interessantíssimo livro “ESPARTA Y SU LEY”, de Eduardo Velasco. Esta obra conta com a introdução de Olegario de las Eras e conta com 272 páginas pejadas de informação sobre este magnífico povo que foram os espartanos.

Deixamos aqui um extracto do prólogo desta obra:

«Esparta foi a primeira reacção massiva contra a inevitável decadência trazida pela comodidade da civilização e como tal, há muito a aprender dela nesta época de degradação biológica e moral induzida por uma sociedade tecnológica. Os espartanos souberam adiantar-se milimétricamente a todos os vícios produzidos pela civilização e ao fazê-lo, colocaram-se no alto da pirâmide do poder. Todas as actuais tradições militares de elite são, de certo modo, herdeiras do que se levou a cabo em Esparta, e isso assinala-nos a sobrevivência da missão espartana.»

Os interessados na Europa deverão fazer os seus pedidos à Editora Camzo

Para os residentes na América Latina, os pedidos devem ser dirigidos à Libreria Argentina

As mulheres espartanas, iguais entre os guerreiros, por Harmony Heffron

O famoso historiador Plutarco cita uma breve conversa entre duas mulheres, uma de Esparta e outra de Gorgo:

“Por que vocês, mulheres espartanas, as únicas que podem governar os homens?”

“Porque nós também somos as únicas que dão à luz homens.”

Atléticas, educadas e espirituosas, as mulheres actuais não são muito chocantes. Na época dos espartanos, porém, às mulheres era geralmente negada a cidadania, a educação e o direito à propriedade. Contudo, às mulheres espartanas eram concedidos muitos mais privilégios do que a outras mulheres da sua época, porque os homens de Esparta contavam com mães fortes, orgulhosas e corajosas para produzir fortes, orgulhosos e corajosos soldados.

Atléticas e bem musculadas, as mulheres espartanas eram orgulhosos de seus atributos atléticos, notoriamente vestindo o que era considerado por não-espartanos como trajes escandalosos. Elas treinavam frequentemente e participavam em corridas, provas de força, e lançando o disco e dardo. Na verdade, a primeira mulher a vencer a Olimpíada foi uma espartana. O seu nome era Cynisca e ela ganhou a corrida de quadriga, tanto em 396 A.C como em 392 A.C.

Normalmente, uma mulher casava com cerca de 18 anos de idade, momento em que ela assumia o seu principal papel na sociedade: produzir saudáveis e vigorosos bebés. A fim de consumar um casamento, o ritual espartano implicava que o futuro marido simbolicamente “raptasse” a sua noiva. Ele cortava-lhe o cabelo rente, vestia-a como um homem, e levava-a para a casa comunal que dividia com outros soldados. Depois de passarem a noite juntos, a noiva voltava para a casa de sua família, onde continuaria a viver até que o seu marido atingisse a idade de trinta anos.

As mulheres espartanas tinham permissão de possuir propriedade e foram responsáveis por controlar as propriedades dos seus maridos, quando estes estavam na guerra. Elas também eram instruídas, uma prática que era quase inédita na época. Os outros gregos ficavam frequentemente muito chocados com a sagacidade e a “língua rápida” das mulheres espartanas.

Porém, os não-espartanos tinham um tempo limitado para discordar das práticas Espartanas, antes de se curvarem perante o poderio militar de Esparta.

Lembrar aqueles em quem a morte não teve poder

Ὦ ξεῖν’, ἄγγειλον Λακεδαιμονίοις ὅτι τῆιδε
κείμεθα, τοῖς κείνων ῥήμασι πειθόμενοι.

Estrangeiro, dizei a Esparta que aqui
jazemos, em obediência às suas leis…

[Simônides]

Segundo Heródoto, este epigrama atribuído ao poeta Simônides de Ceos (-557/-468), foi colocado num monumento, erguido nas Termópilas, em homenagem ao rei Leónidas e aos soldados Espartanos liderados por ele.

Os Espartanos: Uma História Épica (crítica ao livro)

Resumo do Livro por: Jose Nunez

Num livro relativamente curto, Cartledge agrupa uma variedade de informações sobre Esparta e seu povo. Como Professor de História Grega na Universidade de Cambridge, sua paixão e interese por esta clássica história Grega aparece nesta peça muito acessível. O livro se divide em três partes. A parte introdutiva, “Vá, Diga aos Espartanos”, discute a evolução de Esparta, de um simples conjunto de aldeias, até se tornar a mais poderosa força de combate da antiga Grécia. Sua expansão começou com a conquista do povo vizinho da Lacônia (Hilotas – cativos) e da Messênia (Periecos – estrangeiros) e, eventualmente, a criação da maior cidade-estado do mundo Grego, sem dúvida. Isto deu a Esparta uma posição de segurança, controle das férteis planícies agrículas e da riqueza mineral. Sua localização segura, contribuiu para que Esparta dispensasse muralhas. Os Espartanos também preferiam confiar em sua força militar de defesa, considerando as muralhas como algo afeminado. A força e a riqueza de sua localização também ajudava Esparta a manter um exército profissional, ao invés de uma força de cidadãos convocados quando necessário. A força militar de Esparta estava baseada num superbo treinamento de infantaria hoplita. Ainda muito jovens, os meninos eram tirados de suas famílias e introduzidos nos quartéis de treinamento militar. Armamentos típicos incluíam um escudo largo de madeira, coberto de bronze, um capacete batido a partir de uma única peça de bronze, peitoral, caneleiras, lança longa e uma curta espada de ferro. Eles eram instruídos e treinados com seus equipamentos desde cedo, produzindo “firme coordenação, rígida disciplina e uma elevada moral”. Seu poder, como uma força de combate, foi demonstrado, particularmente, durante as guerras com a Pérsia. Cartledge analisa os eventos em geral, mas se concentra em quatro grandes batalhas – Termópilas, Artemisia, Platea e Micala. Foi a defesa do desfiladeiro de Termópilas, por Leônidas, com apenas uma força símbolica, que mostrou o valor dos Espartanos como homens de combate. A segunda parte considera “O Mito Espartano”, principalmente, cobrindo o período de quase 30 anos de conflito com os atenienses. Comumente conhecido como a Guerra do Peloponeso, Cartledge refere-se a estes como as Guerras de Atenas, como ele é descrito do ponto de vista Espartano. O conflito entre Esparta e Atenas foi, de certa forma, inevitável, já que representavam dois conjuntos diferentes de valores e cultura. Um terremoto de grandes proporções atingiu Esparta em 464 AC, causando muitos danos e perda de cidadãos espartanos, o que incentivou uma revolta entre os Hilotas. Esparta pediu ajuda aos aliados. Eles também procuraram ajuda dos atenienses, com base num tratado anterior contra os persas. Atenas forneceu uma força significativa, apesar de ter interesses em outra parte, naquele momento. O relacionamento entre as forças de Esparta e Atenas era pobre e, finalmente, Esparta acusou o comportamento de Atenas, de revolução. Atenas, mais tarde, deu ajuda para os sobreviventes Hilotas, arruinando ainda mais as relações com Esparta. Depois que a Guerra Ateniense começou, durou mais de uma década, até que a própria Atenas enfrentou uma revolta interna, assim como aconteceu com Esparta. Depois que Esparta avançou fundo, dentro do território Ateniense, com uma força aliada, os dois lados negociaram um tratado de paz, chamado de 30 Anos de Paz, que foi o tempo que estava previsto para durar. No entanto, por volta de 432, Esparta temia o poder e a influência de Atenas, e declarou que Atenas tinha quebrado o tratado, que foi, portanto, terminado. Táticas inadequadas e falta de equipamento de cerco, prejudicou as tentativas de Esparta de forçar Atenas ao combate, como se pretendia, com Atenas retaliando tanto por mar, quanto por terra. Os atenienses, eventualmente, avançaram, montando uma base dentro do território espartano. Em 423, um armistício foi acordado, apesar de partidos, de ambos os lados, procurassem retomar a luta. No ano seguinte, um outro tratado de paz foi assinado, juntamente com o pacto de não agressão por 50 anos. Crescentes conflitos entre outras cidades-estado, com linhas anti-esparta persuadindo Atenas a retomar as hostilidades, levaram à Terceira Guerra. Ao longo dos anos desse conflito, Atenas alcançou um expressivo número de vitórias; porém, uma série de revoltas e deserções entre os seus aliados, reduziu bastante o poder naval ateniense. As forças navais de Esparta, impulsionadas pelo apoio financeiro persa, finalmente conseguiu forçar uma total vitória Espartana em 404, acabando com quase 30 anos de guerra. Apesar da vitória final contra Atenas, o poder espartano estava em declínio, como aponta a parte final do trabalho de Cartledge. A contínua diminuição do número de cidadãos espartanos, em comparação com uma Atenas em crescimento, e mudanças nas condições sociais, contribuíram significativamente para este declínio. Ao longo dos 70 anos seguintes, Esparta perdeu muito de sua antiga glória. Durante os tumultos que se seguiram à morte de Alexandre, o Grande, em 323 AC, Esparta se manteve, em grande parte, à margem do conflito. Em vez disso, abasteceu mercenários e proporcionou um grande centro de recrutamento para ainda mais. Esses mercenários lutaram em vários lados desse conflito, pela sucessão de Alexandre. Uma fascinante história de uma cidade-estado grega, que dispunha de grande poder e sucesso no seu auge, mas que acabou por ser a maior responsável por sua própria queda, devido a um sistema social que, em grande parte, foi incapaz de, ou não quis, aceitar as mudanças naturais do mundo ao seu redor.

Em Esparta manda a coragem, não o dinheiro!


1- Vejamos ainda outros usos opostos aos do resto da Grécia que Licurgo estabeleceu em Esparta. Nos outros Estados, todos se enriquecem tanto quanto podem: um cultiva a terra, outro arma um navio, um terceiro faz comércio, os outros vivem de diferentes ofícios.

2- Em Esparta, Licurgo proibiu os homens livres de tocar em quaisquer assuntos de dinheiro; assegurar a liberdade do Estado, essa é, segundo ele, a única ocupação que devem considerar como sua.

3- E de facto, porque se procuraria a riqueza ali, onde o legislador, ordenando distribuir a mesma porção à mesa comum e viver do mesmo regime, fez as coisas de modo a que não se deseje a riqueza para levar uma vida luxuosa. Também não é pelas roupas que se deseja enriquecer; o adorno de um espartano não está no luxo das vestimentas mas na boa constituição do seu corpo.

4- Também não é para ter o que despender em favor dos seus comensais que é preciso acumular dinheiro, porque Licurgo estabeleceu que é mais glorioso servir os seus amigos com o trabalho das suas mãos do que esbanjando dinheiro. Ele fez ver que uma coisa é obra do coração, a outra, é obra da riqueza.

5- Quanto a enriquecer por vias injustas, ele impediu-o por medidas como estas: Logo à partida estabeleceu uma moeda tal que mesmo uma soma de dez faces entrando numa casa não escaparia à atenção nem dos mestres nem dos servidores: ocuparia um espaço enorme e seria preciso um carro para a transportar.

6- E depois, investiga-se à procura de ouro e dinheiro, e se se o encontra em algum lado, o detentor é multado. Por que razão correr-se-ia atrás da riqueza ali, onde a possessão de dinheiro causa mais aborrecimentos do que o prazer que pode dar o seu uso?

Retirado de: Xenofonte, Constituição de Esparta, capítulo VII

Leónidas em tatuagens

Ao longo dos tempos a figura mitíca do Rei Leónidas tem servido de inspiração para muitas obras de arte. Encontramos Leónidas na literatura, em esculturas, no cinema, e inevitavelmente na pele dos amantes de tatuagens.

Deixo-vos com algumas imagens que poderão igualmente servir-vos de inspiração.

O desejo é a batalha

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A lança cruza-se com a lança, o escudo une-se ao escudo;
E um cinge-se ao outro, capacete contra capacete, homem contra homem.

As crinas tocam-se, nas cimeiras brilhantes,
Quando as cabeças se inclinam, tão cerradas são as fileiras.
As lanças ondulam, nas mãos audaciosas, sacudidas.
Os pensamentos vão em frente, o desejo é a batalha.

Homero, canto XIII da Ilíada.

Livro: Os heróis de Esparta

O escritor brasileiro Sérgio Pereira Couto oferece aos leitores uma ficção-histórica inspirada nos escritos de Heródoto e Plutarco, bem como na obra de Frank Miller.
Em 480 A.C. as tropas de Xerxes, o rei do império Persa, prepararam-se para invadir a Grécia. Derrotados alguns anos antes, na Batalha de Maratona, os persas pareciam ter desistido desse intento, até que o novo monarca resolveu vingar a humilhação sofrida por seu pai… o que se segue será uma batalha épica entre 300 valorosos homens contra 250 mil soldados vindos do Oriente, um sacrifício que permitiu à Europa continuar a ser Europeia.

Editora: Universo dos livros

A Batalha das Termópilas em vídeo

Máximas da Antiga Grécia

Spartan BLOG reducedO tópico que se segue apresenta um conjunto de máximas difundidas durante o período da Grécia Clássica. Sem serem exclusivas de Esparta, estamos certos de que também seriam seguidas pelos cidadãos espartanos.

Volvidos tantos séculos, não deixa de ser notável verificar que estas máximas continuam a ser actuais por via do seu intemporal sentido ético. São muitas, e por vezes quase repetitivas, contudo, merecem ser lidas com atenção e acima de tudo merecem que todos sem excepção consigamos reter a sua verdade imutável.

1. Siga Deus (Επου θεω) (Refere-se aos deuses Gregos)

2. Obedeça à lei (Νομω πειθου)

3. Preste culto aos Deuses (Θεους σεβου)

4. Respeite os seus pais (Γονεις αιδου)

5. Seja conquistado pela justiça (Ηττω υπο δικαιου)

6. Conheça o que você aprendeu (Γνωθι μαθων)

7. Perceba o que você ouviu (Ακουσας νοει)

8. Seja você mesmo (Σαυτον ισθι)

9. Pretenda se casar (Γαμειν μελλε)

10. Perceba a sua oportunidade (Καιρον γνωθι)

11. Pense como mortal (Φρονει θνητα)

12. Se for um estrangeiro, aja como um (Ξepsilon;νος ων ισθι)

13. Honre o coração [ou Héstia] (Εστιαν τιμα)

14. Controle-se a si mesmo (Αρχε σεαυτου)

15. Ajude os seus amigos (Φιλοις βοηθει)

16. Controle a raiva (Θυμου κρατει)

17. Exercite a prudência (Φρονησιν ασκει)

18. Honre a providência (Προνοιαν τιμα)

19. Não use um juramento (Ορκω μη χρω)

20. Ame a amizade (Φιλιαν αγαπα)

21. Apegue-se à disciplina (Παιδειας αντεχου)

22. Siga a honra (Δοξαν διωκε)

23. Anseie por sabedoria (Σοφιαν ζηλου)

24. Elogie o bom (Καλον ευ λεγε)

25. Não encontre falhas em ninguém (Ψεγε μηδενα)

26. Elogie a virtude (Επαινει αρετην)

27. Pratique o que é justo (Πραττε δικαια)

28. Seja gentil com os amigos (Θιλοις ευνοει)

29. Esteja atento aos inimigos (Εχθρους αμυνου)

30. Exercite a nobreza de caráter (Ευγενειαν ασκει)

31. Afaste-se do mal (Κακιας απεχου)

32. Seja imparcial (Κοινος γινου)

33. Guarde o que é seu (Ιδια φυλαττε)

34. Afaste-se do que pertence aos outros (Αλλοτριων απεχου)

35. Ouça toda a gente (Ακουε παντα)

36. Seja [religiosamente] silencioso (Ευφημος ιοθι)

37. Faça um favor a um amigo (Φιλω χαριζου)

38. Nada em excesso (Μηδεν αγαν)

39. Use o tempo com parcimônia (Χρονου φειδου)

40. Anteveja o futuro (Ορα το μελλον)

41. Despreze a insolência (Υβριν μισει)

42. Tenha respeito pelos suplicantes (Ικετας αιδου)

43. Seja adaptável a tudo (Παςιν αρμοζου)

44. Eduque seus filhos (Υιους παιδευε)

45. Dê o que tem (Εχων χαριζου)

46. Tema a fraude (Δολον φοβου)

47. Fale bem de todos (Ευλογει παντας)

48. Seja um buscador de sabedoria (Φιλοσοφος γινου)

49. Escolha o que é divino (Οσια κρινε)

50. Aja quando você sabe (Γνους πραττε)

51. Afaste-se do assassinato (Φονου απεχου)

52. Ore por coisas possíveis (Ευχου δυνατα)

53. Consulte os sábios (Σοφοις χρω)

54. Teste o caráter (Ηθος δοκιμαζε)

55. Dê de volta o que recebeu (Λαβων αποδος)

56. Não abaixe os olhos a ninguém (Υφορω μηδενα)

57. Use sua habilidade (Τεχνη χρω)

58. Faça o que pretende fazer (Ο μελλεις, δος)

59. Honre um acto beneficente (Ευεργεςιας τιμα)

60. Não tenha inveja/ciúmes de ninguém (Φθονει μηδενι)

61. Esteja prevenido (Φυλακη προσεχε)

62. Elogie a esperança (Ελπιδα αινει)

63. Despreze um caluniador (Διαβολην μισει)

64. Obtenha posses legitimamente (Δικαιως κτω)

65. Honre os bons homens (Αγαθους τιμα)

66. Conheça o juiz (Κριτην γνωθι) Dicutível

67. Seja mestre em banquetes nupciais (Γαμους κρατει)

68. Reconheça a sorte (Τυχην νομιζε)

69. Evite uma fiança/penhora (Εγγυην φευγε)

70. Fale claramente (Αμλως διαλεγου)

71. Associe-se com os seus iguais (Ομοιοις χρω)

72. Governe as suas despesas (Δαπανων αρχου)

73. Seja feliz com o que tem (Κτωμενος ηδου)

74. Respeite um senso de vergonha (Αισχυνην σεβου)

75. Cumpra um favor (Χαριν εκτελει)

76. Ore por felicidade (Ευτυχιαν ευχου)

77. Afeiçoe-se à sorte (Τυχην στεργε)

78. Observe o que você ouviu (Ακουων ορα)

79. Trabalhe pelo que você pode possuir (Εργαζου κτητα)

80. Despreze a discórdia (Εριν μισει)

81. Deteste a desgraça (Ονειδς εχθαιρε)

82. Refreie a língua (Γλωτταν ισχε)

83. Mantenha-se longe da insolência (Υβριν αμυνου)

84. Faça julgamentos justos (Κρινε δικαια)

85. Use o que tem (Χρω χρημασιν)

86. Julgue incorruptivelmente (Αδωροδοκητος δικαζε)

87. Acuse [só] quem estiver presente (Αιτιω παροντα)

88. Diga quando sabe (Λεγε ειδως)

89. Não dependa da força (Βιας μη εχου)

90. Viva sem sofrimento (Αλυπως βιου)

91. Viva junto mansamente (Ομιλει πραως)

92. Termine uma corrida sem recuar (Περας επιτελει μη αποδειλιων)

93. Lide gentilmente com todos (Φιλοφρονει πασιν)

94. Não amaldiçoe os seus filhos (Υιοις μη καταρω)

95. Guie a sua esposa (Γυναικος αρχε)

96. Beneficie a si mesmo (Σεαυτον ευ ποιει)

97. Seja cortês (Ευπροσηγορος γινου)

98. Dê uma resposta oportuna (Αποκρινου εν καιρω)

99. Esforce-se com glória (Πονει μετ ευκλειας)

100. Aja sem arrependimentos (Πραττε αμετανοητως)

101. Arrependa-se das faltas (Αμαρτανων μετανοει)

102. Controle o olho (Οφθαλμοθ κρατει)

103. Dê um conselho adequado (Βουλευου χρονω)

104. Aja rapidamente (Πραττε συντομως)

105. Guarde a amizade (Φιλιαν φυλαττε)

106. Seja grato (Ευγνωμων γινου)

107. Busque a harmonia (Ομονοιαν διωκε)

108. Guarde o que é de maior sigilo (Αρρητον κρυπτε)

109. Tema o poder/governo (Το κρατουν φοβου)

110. Busque o que for proveitoso (Το συμφερον θηρω)

111. Aceite a medida devida (Καιρον προσδεχου)

112. Acabe com as inimizades (Εχθρας διαλυε)

113. Aceite a idade avançada (Γηρας προσδεχου)

114. Não se vanglorie de poder (Επι ρωμη μη καυχω)

115. Exercite [religiosamente] o silêncio (Ευφημιαν ασκει)

116. Evite inimizades (Απεχθειαν φευγε)

117. Adquira riquezas de forma justa (Πλουτει δικιως)

118. Não abandone a honra (Δοξαν μη λειπε)

119. Despreze o mal (Κακιαν μισει)

120. Encare o perigo prudentemente (Κινδυνευε φρονιμως)

121. Não se canse de aprender (Μανθανων μη καμνε)

122. Não pare de ser económico (Φειδομενος μη λειπε)

123. Admire os oráculos (Χρησμους θαυμαζε)

124. Ame quem você cria/educa (Ους τρεφεις αγαπα)

125. Não se oponha a alguém ausente (Αποντι μη μαχου)

126. Respeite os mais velhos (Πρεσβυτερον αιδου)

127. Ensine os mais novos (Νεωτερον διδασκε)

128. Não confie nas riquezas (Πλουτω απιστει)

129. Respeite a si mesmo (Σεαυτον αιδου)

130. Não seja insolente (Μη αρχε υβριζειν)

131. Honre os eus ancestrais (Προγονους στεφανου)

132. Morra pel sua pátria (Θνησκε υπερ πατριδος)

133. Não fique descontente com a vida (Τω βιω μη αχθου)

134. Não desrespeite os mortos (Επι νεκρω μη γελα)

135. Divida o fardo dos desafortunados (Ατυχουντι συναχθου)

136. Gratifique sem prejudicar (Χαριζου αβλαβως)

137. Não se desespere por ninguém (Μη επι παντι λυπου)

138. Produza rotas nobres (Εξ ευγενων γεννα)

139. Não faça promessas a ninguém (Επαγγελου μηδενι)

140. Não faça mal aos mortos (Φθιμενους μη αδικει)

141. Seja próspero enquanto mortal (Ευ πασχε ως θνητος)

142. Não confie na sorte (Τυχη μη πιστευε)

143. Quando criança, seja bem-comportado (Παις ων κοσμιος ισθι)

144. Quando jovem, seja auto-disciplinado (ηβων εγκρατης)

145. Quando de meia idade, seja justo (μεσος δικαιος)

146. Quando idoso, seja sensível (πρεσβυτης ευλογος)

147. E alcance o final sem tristezas (τελευτων αλυπος)

Fonte: Os Mandamentos dos Sete (pela cópia do sábio Sosíades, preservada por Stobaeus), traduzido por Alexandra do Fórum Reconstrucionismo Helênico no Brasil, adaptado para português de Portugal por mim.