Sangue, Honra e Glória – A disciplina Espartana

Nenhum povo praticou a disciplina militar como os espartanos, cujos soldados aprendiam, desde tenra idade, a superar a dor, a comiseração do próprio eu, o medo e o sentimento da morte. Eles foram protagonistas do grandioso momento histórico da humanidade: o memorável episódio do Desfiladeiro das Termópilas, ocasião em que morreram o Rei Leónidas e todos os seus trezentos melhores guerreiros, na defesa de Esparta e do restante da Península Helénica, aquando da invasão persa.Os espartanos, por meio de ferrenha disciplina, a célebre “disciplina espartana”, baseada na rígida legislação e inspirada nas divindades gregas, dedicavam-se integralmente a um Estado militarizado.

Esparta ou Lacedemónia, situada na Península do Peloponeso, era a capital da Lacónia; daí a origem do termo “lacónico” – breve, conciso, estilo espartano, sem o desperdício. Esparta criou e desenvolveu, durante aproximadamente três séculos, um sistema de organização militar ímpar.

O Estado treinava militarmente toda a população, desde os sete até aos sessenta anos de idade. As crianças, dos sete aos treze anos, aprendiam técnicas para a suplantação da dor e do medo. Para isso, também eram flageladas, inclusive por outras crianças, com violentas surras, sendo comuns os desmaios, os ossos quebrados e os prolongados sangramentos do corpo, que deixavam permanentes cicatrizes. Aos treze anos, os adolescentes (“efebos”) já participavam dos intensos e exigentes treinamentos, após terem se submetido a testes cruéis que lhes avaliavam a coragem e a resistência à dor. Eles formavam as “agoges” – conjuntos de pelotões auxiliares, até que completassem vinte anos, quando, efectivamente, se incorporavam às falanges. Dos vinte aos trinta anos, eram obrigados a dormir nos acampamentos (sempre ao relento, com apenas uma coberta de couro), já “senhores da dor, do medo e da morte”, podendo casar aos vinte anos. Aos trinta, o espartano era considerado cidadão da Cidade-Estado, mas continuava obrigado, até aos sessenta anos, a tomar a frugal refeição que lhe era servida à noite, nos acampamentos de suas “moras” (secção de tropa com cerca de 1.200 homens). Acrescente-se que às mulheres também era ministrada instrução militar, muito semelhante à dos homens, sendo permitido que dormissem com os seus maridos (de vinte a trinta anos), sem qualquer regalia, nos acampamentos, passando frio, fome e sede, quando dos exercícios programados.Tais exercícios objectivavam complementar e testar o adestramento – que era diário – com a ginástica, a lança, a espada, o arco, o escudo, etc, além das longas corridas em terreno acidentado, das lutas, dos jogos e das competições, quando eram seleccionados os atletas para as Olimpíadas, sem que se descurasse da “mortificação corporal”, chamada de “arosis” para o fortalecimento da vontade contra a dor e o medo, com prioridade para o doloroso açoite, por parte dos próprios companheiros, que utilizavam, para tal, varas e chicotes de couro cru. Esses exercícios tinham a duração de oito dias e eram realizados várias vezes durante o ano. Era a preparação máxima para as batalhas, sempre vencidas pelos espartanos, ao longo do tempo de seu fastígio militar.Os exercícios de guerra praticados pelos espartanos tinham a duração de oito jornadas e eram chamados de “oktonyktia”.As “moras” deslocavam-se por elevadas montanhas, atravessavam rios e florestas, em uma longa marcha nocturna, durante quatro noites, dormindo, de dia, por quartos de prontidão e sem cobertores, até chegarem, já exaustas, aos campos de treinamento. Nos três dias seguintes, adestravam-se diuturnamente, sob as mais rudes condições, cabendo aos “veteranos” (eram os partícipes de mais de quarenta batalhas) a simulação de ataques quando e onde menos se esperava; aqueles que abandonavam qualquer peça do equipamento, eram impiedosamente açoitados por seus pares. A alimentação individual diária consistia em  dois pedaços de pão duro, duas quantidades de figos secos, além de duas doses de vinho e água nos seis primeiros dias; nos dois últimos, somente um pedaço de pão e nenhum líquido, nem mesmo água: apesar disso, as baixas, principalmente por desidratação, eram insignificantes, posto que o organismo daqueles “super-homens” já estava habituado a tais rigores, após anos de penosas experiências vividas. A dureza dos exercícios, nos quais, refira-se, participavam como auxiliares os adolescentes, era amenizada, ao final dos mesmos, com uma grande confraternização entre o Rei e os seus soldados. Aí, então, todos entoavam hinos marciais e religiosos e era farta a distribuição de água, vinho, queijo e frutas.Heródoto, “o Pai da História”, narrou as épicas batalhas travadas pelos espartanos, cujo epílogo era sempre o mesmo. Eles, impassíveis, “sem a contração de um músculo sequer, resultado de contínua preparação e inúmeros combates”, esperavam, em linha, com armadura leve, elmo, lanças (de 2m) em riste, escudos no braço esquerdo e pequena espada à cinta, o ataque do inimigo. Os escudos, feitos de carvalho e bronze, além de protegerem o combatente, também eram excelentes armas de choque e dissuasão: primorosamente polidos, cintilavam ao sol como espelhos, infundindo, à distância, terror ao inimigo. As trombetas soavam, quando este se encontrava a 300 metros, ocasião em que, num movimento uniforme, as lanças eram elevadas e abaixadas bruscamente para a horizontal, provocando um aterrorizante assobio pelo deslocamento de ar, o que quebrava a impulsão do ataque inimigo; ao segundo toque, as “moras” iniciavam, em uníssono, um ensurdecedor cântico aos deuses e rompiam a marcha, seguindo em frente, num passo firme e cadenciado, aumentando, progressivamente, a velocidade, “não havendo poder que resistisse ao choque dos escudos e lanças”; a um terceiro toque, os mais velozes corredores atacavam, em acelerado, pelos flancos, degolando a tropa inimiga, já tomada pelo pânico e em desabalada fuga, de forma indiscriminada.Em 480 a.C., o Rei da Pérsia, Xerxes, montou uma poderosa expedição, orçada, segundo Heródoto, em 500.000 homens, para a conquista da Hélade.Ao norte da Lacedemónia e de toda a Grécia antiga, onde as elevações rochosas eram por demais estreitas, estendia-se, entre rios de água quente, o Desfiladeiro das Termópilas, local obrigatório de passagem das tropas invasoras. Para aquele ponto estratégico se deslocaram o Rei dos espartanos, Leónidas, e os seus aliados gregos, num total de 5.000 homens, com a missão de barrar o avanço persa. Xerxes intimou Leónidas à rendição e à entrega de suas armas, tendo ele respondido: “Venham buscá-las”. Já antes, o espartano Dienekes respondera a um inimigo quando este lhe dissera serem os arqueiros persas tão numerosos que as suas flechas iriam cobrir o sol, o seguinte: “Óptimo. Combateremos à sombra”… A Aliança Grega havia resistido aos ataques, nos dois primeiros dias, quando um traidor informou a Xerxes, da existência de uma passagem, à retaguarda, o que deixaria Leónidas isolado na estreita garganta das montanhas. O Rei dispensa, então, as tropas, que seguem para a defesa do restante da Grécia e decide continuar a resistência com apenas 300 “Pares” – os seus melhores veteranos. A resistência durante sete dias deu tempo suficiente para os gregos se organizarem e derrotarem os persas no mar e em terra (batalhas de Salamina e Platéia, respectivamente) preservando, assim, a democracia grega e a futura civilização greco-romana, da qual somos legatários. Todos os espartanos foram ali sacrificados, sendo Leónidas, depois de morto, decapitado. Existem, hoje, na região das Termópilas, dois monumentos: no moderno, está gravada a resposta de Leónidas a Xerxes – “Venham buscá-las”; no mais antigo, lêem-se os lacónicos versos do poeta Simónides: “Viajante que passas, diz a Esparta que obedientes às suas leis aqui jazemos”.Eis, em imperfeita e incompleta síntese, o que foram a histórica saga e a disciplina dos lacedemónios.Povos houve que também praticaram férrea disciplina militar, entre eles os romanos com as suas legiões, os samurais japoneses (“bushi”), Gengis Khan e os seus cavaleiros mongóis, os turcos, com os janízaros, os Cavaleiros das Cruzadas, Frederico II, com as tropas prussianas e tantos outros.Entretanto, na arte da guerra, ninguém veio a superar a fantástica disciplina espartana, cantada em prosa e verso, cuja fama se perde distante. Eles se orgulhavam em dizer: “Outras cidades produzem monumentos e poesia. Esparta produz Homens”.

55 responses to “Sangue, Honra e Glória – A disciplina Espartana

  1. Excelente, excelente!

    Cumprimentos

  2. Ironicamente o maio sucesso de Esparta foi a causa da sua queda, a vitoria na guerra do peloponeso assinalou uma supremacia mas também um uso de recursos que não existiam, os trinta tiranos colocados em Atenas acabaram por cair tal como esparta.

  3. De todos os sites em que procurei…. o resumo mais instigante e completo q encontrei…

    Parabéns

  4. Aos três leitores agradeço os simpáticos e animadores comentários.

    Já sabem, qualquer colaboração é sempre bem vinda.

    Um abraço espartano a todos.

  5. Julio Cesar Ferrreira De souza

    Adimiro muito esses homens que luturam de forma honrosa. E tenho certeza que eu seria um bom soldado espartano….rsrsrs

  6. Realmente… se eu já os admirava, depois do filme, fiquei ainda mais fascinada!!
    Parabéns pela síntese…

  7. Todos os textos desse site são muito bons e empolgantes.

    Parabens!

  8. vocês estão de parabens parabens…..!!!
    excelente materia..

  9. Meus parabéns,pela agradabilíssima leitura.

  10. Excelente documentario !!!

  11. …não desistir jamais,proteger sempre o amigo,ter honra e coragem…os ideais espartanos é um lema de vida…otimo texto,parabéns…

  12. É extremamente AVASSALADOR para meu CORAÇÃO, pois tenho pena de viver em uma realidade tão COVARDE, onde as pessoas já não LUTAM pelos seus DIREITOS e limitan-se em seguir um sistema CORRUPITO e PROSTITUTO, açeitando tudo que lhe são emposto.

  13. Grande verdade Sérgio Melo, e através do exemplo de Esparta podemos perceber melhor essa realidade em que estamos mergulhados, em que uma minoritária corja apenas obedece aos seus impulsos economicistas, tudo esmagando no seu caminho. É aplutocracia no seu auge.

    Saudações espartanas!

  14. Cesar Roberto Tavares

    Olá tudo bem gostaria de saber quanto pesava o escudo e a espada do soldado espartano. obrigado.

  15. Caro Cesar Tavares, infelizmente não lhe posso responder a essa questão, pois desconheço por completo tal informação. Contudo pelo que li o escudo seria pesado, ao invés da espada que seria bastante leve.

  16. Está matéria nos enriquece.

  17. Esparta lugar onde poucos poderam habitar….

  18. Adorei as matérias do site.
    Particularmente, o encontro com Leônidas no filme é um estímulo ao espíruto de luta e a atitude ética de coletividade e solidariedade em busca da defesa de um sentimento de Pátria.
    Talvez o que nos falte é esse forte sentido de Pátria. Aquela que alimenta nosso espírito com o propósito de mantermos nossa aliança pelo bem comum, como homens livres.
    Um homem livre se constrói de ideais e lutas. O sentido de lutar está naquilo que será obtido com a vitória. Se sabemos por que lutamos, podemos superar as fraquezas pela união de esforços solidários.
    Pena que em nossa História, falta-nos exemplos de grandes lutas para a construção de brasileiros mais politizados e dispostos a dignificar nossa cidadania.
    Parabéns pela matéria. Que a História se eternize por aquilo que continua a mobilizar nos homens.

  19. ainda não assisti mas tenho certeza que o filme é muito bom espero q quando assistir não me arrependa,varias pessoa elogiam espero q seja tudo q ela falam!

  20. Melhor site que eu encontrei \o

    PARABENS *-*

  21. É talvez falte uma “militarização” no Brasil para termos essa coragem Espartana…

    Não daria um bom soldado eu acho, eram muita mortificaçao corporal…

  22. Esse foi um dos melhores texto que já li.
    Não existe mais ninguem q ame a patria como eles…
    Hoje quase todos os politicos são comrruptos, etregariam a propria mae por dinheiro!!!
    por mim eu decaptava todos os politicos cprruptos!!! Desculpem o desabaf…
    Abraço a todos!!!

  23. Eu faria de tudo para poder viver naquela época e lutar e ser fiel á pátria.
    Ah se o mundo tivesse homens assim ainda. Eles, espartanos, eles sim que eram homens de verdade, que defendiam o que era seu, que amavam o que tinham.
    Eles eram verdadeiros exemplos de honra, glória e determinação para criar uma sociedade de justiça.

    Parabéns pela matéria!

  24. josue costa teixeira

    Saudações espartanas!!!300 e um filme e um exemplo,claro que exageraram mais os espartanos eram corajosos e destemidos,como todos devem e deveriam ser!!!!

  25. MUITO BEM FEITO TEM COISAS INTERSANTES

  26. inspirável historia de esparta. Mt contribuiu para o progresso e percurso do direito e da justiça entre os homens

  27. Uma historia, que enquanto verdadeira, mostra o que realmente existe dentro de um guerreiro.
    Por muitos deveriam ser seguidos alguns textos aqui presentes.
    Assim orgulhosamente, procurando a morte diante do inimigo, é quase sempre ele que encontra.

    Parabens ao site.

  28. gostei do site, mas acho que faltou os podres dos espartanos

  29. quero saber oque e espiritos espartano??

  30. Excelente matéria,acabei de ver o filme e fiquei curioso sobre o fato e vcs enriqueceram muito o meu conhecimento. Nada acontece por acaso e sei que os espartanos vieram ao mundo com um propósito e o deixaram após cumpri-lo. A sociedade moderna agradece e vcs estão de parabéns!

  31. Parabens pela materia!!!

  32. Embora a batalha de Termopilas seja o episodio que cativa mais as pessoas a Esparta, existem outras grandes batalhas que merecem também dar uma vista de olhos, como a que opôs Esparta a Atenas na guerra de Siracusa e que resultou em tamanha derrota para os atenienses que alguém disse algo como: “Nunca houve maior derrotado”. 3 em cada 4 homens morreram e os sobreviventes conheceram um cativeiro desumano e terrível, poucos foram os que chegaram a casa.
    Esparta governada por 1 monarquia dupla era reservada, sustentada por 1 grande população escrava, dedicava suas vidas ao treino militar e ao aperfeiçoamento físico. Possuía a melhor infantaria do mundo grego. Em termos de disciplina técnica e bravura os espartanos superavam todos os outros povos gregos.
    Atenas era a democracia dominante na Grécia o poder estava na assembleia de todos os cidadãos masculinos. Dependia do comércio para sua riqueza e da sua armada e muros da cidade para sua segurança. Governava 1 império marítimo que se estendia através do mar Egeu.
    Objectivos da guerra: Esparta queria livrar os estados gregos do imperialismo Ateniense enquanto Atenas queria proteger o que tinha.

  33. Pessoal, só pra confirmar se entendi bem… quer dizer que os espartanos perderam para os persas? Foram os gregos que continuaram a batalha e venceram???

  34. Júnior não podes pensar na Grécia antiga como na de hoje, (um pais debaixo de um único governo). A Grécia Antiga era composta por cidades estado, pequenos territórios independentes, sendo Atenas e Esparta as mais famosas, as cidades estado eram no entanto unidas pelas suas crenças comuns e língua, eram por tanto todos gregos até os espartanos.
    Na batalha de Termopilas os 300 espartanos perderam a batalha, mas deram tempo precioso para os restantes gregos se prepararem para a guerra que foi ganha posteriormente.

  35. Qual era a alimentação do povo espartano, no seu dia-a-dia?

  36. eu gostaria muito de ter sido um asparta que a maior virtude é a gloria assima de tudo

  37. maximos eu sou assim chamado depois de asparta o meu limite é a gloria

  38. Esses caras eram muito fodões.

  39. this is sparta!!!!!!!!!!!

    era frango com muito sal Oswaldo Neto

  40. Esse Marcelo Vernile é um viado!

  41. sim acho uma ótima história só q ao msm tempo cruel,agora pense naquele tempo se a criança ñ nascesse perfeita eles sacrificavam q crueudade ,ñ acham*

  42. Parabéns pelo post, pela síntese e pelo texto, uma boa história bem contada faz do blog uma ferramenta atemporal. Obrigada por compartilhar publicamente seus conhecimentos.

  43. ELSON LOURENÇO DE SOUZA

    Para aqueles que quiserem saber mais do dia a dia dos espartanos leiam “Portões de Fogo” de Sprigfield, que da de mil a zero no Filme 300

  44. eu assisti o filme e gostei muito!! fiquei impressionado porque
    um pequeno contingente de soldados enfrentaram um verdadeiro
    imperio que dominava muitas regioes do mundo antigo,O IMPERIO
    PERSA; nao da´´ pra calcular o tamanho da coragem desses bravos
    soldados espartanos!!! por isso e´´ impressionante!! parabens pelo
    conteudo!!! gostei !!!!!

  45. Poxa! Agora até dá vontade de falar que tenho o sangue ESPARTANO. rsrsrsrsrsrsrsrs

  46. sera o bope de esparta ?

  47. carlos alberto gomes

    parabens excelente materiaesparta foi o povo mais valente q existiue sempre existira no pensamento de quem sabe o que e isso,parabens

  48. Sou um filho legitimo da Grecia, nascido em Mikkonos, e sinceramente tenho vergonha de morar em um país que diz sim á tudo e á todos estes governantes assassinos,ladroes,adulteros e corruptos que gaovernam este este tão rico país, é que os seus nativos(filhos)são um bando de covardes, que chiam.chiam,reclamam,mas ficam calados como vira-latas pulguentos e surrados!

  49. Otimo resumo muito bom msm,queria saber oque significava a sigla q parece um “A” no escudo deles

  50. Em Esparta existiam 10 hilotas para cada espartano, daí essa obssessão pela educação militar.

  51. Esparta era fera demais. Esse resumo ficou excelente e me deu uma visao muito mais abrangente.
    Ótimo . Parabéns!!!

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  54. espartanos érao de nascença grandes guerreiros muitos érao posiçionados aos jogos de roma e emfrentavão de frente o abismo da morte nos dentes dos grandes leoes famintos e nas arenas muitos enfrentavao 15 soldados romanos por isso eu lembro de sparta como grandes guerreiros e muitos bravos e fortes

  55. Esses homens… Me alistei no desfiladeiro desse exercito. Diante de minha fe devo ser violento no amor com os homens meus irmaos e fazer violencia somente comigo para vencer a mim mesmo todos os dias! Parabens pela materia. Conquest of paradise! Efesios 6

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